Damares acusou Moraes de cometer supostas violações de direitos humanos e responsabilizou o ministro por impactos negativos na economia brasileira

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A oposição no Congresso anunciou que o impeachment de Alexandre de Moraes será pauta prioritária no Senado após o retorno dos trabalhos legislativos do segundo semestre. A decisão foi confirmada pela senadora Damares Alves durante reunião com parlamentares oposicionistas. Segundo a senadora, a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será tratada como “prioridade absoluta”

Damares acusou Moraes de cometer supostas violações de direitos humanos e responsabilizou o ministro por impactos negativos na economia brasileira. “Foi por culpa dele que estamos sendo tarifados”, afirmou.

“O Senado entende que as decisões do ministro Alexandre provocaram perplexidade em todo o mundo. O mundo inteiro está olhando que está havendo uma violação de direitos humanos jamais vista na história do Brasil na última República. Então, o Senado decide que a pauta única da oposição será a votação imediata do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, para que possamos salvar a economia do Brasil e que a nação possa ter um sossego nos próximos anos, porque a culpa de tudo é, com certeza, do Alexandre de Moraes e do presidente Lula”, declarou a senadora.

A reunião também contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (21). De acordo com a Agência Câmara, além do impeachment de Moraes como pauta prioritária no Senado, a oposição também pretende concentrar esforços na votação do projeto de anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro e na PEC 333/17, que trata do fim do foro privilegiado.

Segundo o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, a prioridade na Câmara será a votação do projeto que concede anistia aos presos pelos atos de janeiro. “Quando retornar o trabalho legislativo, nós temos como pauta nosso item número 1: não abriremos mão, na Câmara nem no Senado, de pautarmos a anistia dos presos políticos do 8 de janeiro”, afirmou.

Sóstenes também destacou a importância da PEC 333/17, que propõe restringir o foro privilegiado apenas para cinco autoridades: presidente e vice-presidente da República, presidentes da Câmara, do Senado e do STF.

“Essa perseguição do Supremo precisa acabar de uma vez por todas. Temos mais de 60 parlamentares respondendo a processos no Supremo, além dos esdrúxulos inquéritos do fim do mundo, que nunca terminam, todos centralizados na mão de um único ministro, e o nome dele é Alexandre de Moraes. Isso tem que acabar, isso não é democrático, não é constitucional, fere o devido processo legal no país”, criticou Sóstenes.

A movimentação liderada pela oposição, com foco no impeachment de Moraes como pauta prioritária no Senado, faz parte de uma articulação política para reagir às decisões do STF, em especial aquelas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Bolsonaro participou ativamente da definição dessas prioridades.

Além do impeachment de Moraes, a oposição pretende pressionar pela tramitação do PL da Anistia, que busca perdoar os condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, e da PEC do Foro Privilegiado, com o objetivo de reduzir a atuação do Supremo sobre parlamentares e outras autoridades. Embora as três pautas tenham grande apelo político, analistas apontam que a aprovação no Congresso será difícil.

A bancada bolsonarista também criou três subcomissões para organizar sua atuação: a de discurso unificado, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO); a de articulação política, comandada por Cabo Gilberto Silva (PL-PB); e a de manifestações populares, coordenada por Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS). Essas subcomissões vão atuar durante o recesso para manter a militância mobilizada em torno da principal bandeira da oposição no semestre: o impeachment de Moraes no Senado.

fonte mais goias