Primeiros estudantes a terminar 2º dia do Enem em Goiânia acham prova ‘difícil’ e afirmam ter ‘chutado muito’
Os primeiros estudantes a sair, neste domingo (11), de um local de prova do Enem no Setor Bela Vista, em Goiânia, consideraram o segundo dia do Enem mais difícil e afirmam ter “chutado muito”. Matheus Jardim, de 19 anos, afirma que arriscou a sorte em mais da metade das questões do exame. Assim como ele, outros candidatos que saíram cedo da prova acharam o nível “exigente”.
“Chutei muito, 80% das questões. As mais difíceis foram as de química”, disse Matheus ao G1.
Mais de 170 mil candidatos fazem o Enem neste domingo. Matheus fez as provas no Colégio Prevest, no Setor Bela Vista, região sul de Goiânia. Ele diz que, apesar de acreditar não ter se saído muito bem na prova, está confiante pelo fato de as áreas de conhecimento exigidas neste domingo – matemática, física, química e biologia – não serem as de maior peso no curso desejado.
“Quero fazer faculdade de história e as provas de hoje valem menos para o meu curso”, afirmou.
Assim como ele, a estudante do 3º ano do ensino médio Andressa Viana da Silva, de 18 anos, que faz as provas pela primeira vez, conta que também enfrentou dificuldades nesse segundo dia do Enem. Para ela, matemática estava “impossível”, tanto que ela não sabe mais se tentará uma vaga para engenharia civil.
“Matemática estava no nível mais alto de dificuldade que existe. Chutei mais da metade”, disse ao G1
Diferentemente da maioria dos candidatos ouvidos pelo G1, Taise Silva Brito, de 18 anos, achou a prova deste domingo mais fácil. Das questões respondidas nesta tarde, ela considera as de fisica as mais complexas. “No primeiro dia parecia não ter tantas questões de interpretação. Foram todos assuntos que vi esse ano”, afirmou a estudante, que deseja cursar letras.
Apesar de ter respondido à maioria das questões, ela não quer conferir o resultado: “Vou deixar para quando sair o resultado”, concluiu.
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Andressa Silva diz que vai mudar de curso após fazer a prova em Goiânia — Foto: Paula Resende/G1
Chutar funciona?
Especialista na metodologia do Enem, Tadeu da Ponte, professor e coordenador dos processos seletivos do Insper, já adianta que a Teoria de Resposta ao Item (TRI), a metodologia usada nas provas, tem um sistema “antichute” desenhado para detectar quando o estudante provavelmente não sabe a resposta correta, mas acerta mesmo assim.
Ele destacou, porém, alguns momentos em que chutar entre as cinco alternativas – ou entre duas ou três, após um primeiro filtro – é a melhor opção.
“No fundo, a TRI serve para a gente fazer o processo da maneira mais justa possível. Fazer com que a proficiência observada de cada aluno seja a mais próxima possível da verdade, a que está dentro dele”, afirmou Tadeu da Ponte.
Formado em direito, Jeferson Garcês de Melo, 31 anos, conciliou o trabalho em um escritório de advocacia com os estudos para o Enem, pois deseja cursar medicina ou história. Ele afirma que a matemática foi a prova mais complexa.
“Prova tranquila porque estudei muito, tinha questões difíceis de matemática, mas as outras estavam mais tranquilas”, avaliou.
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Taíse Silva disse que achou a prova fácil e acreditar ter se saído bem — Foto: Paula Resende/G1
Fonte G1