DF: mulher que matou enteada enforcada pode pegar até 40 anos de prisão
A criança foi enforcada com um cinto
Rafaela Marinho Souza (Foto: Reprodução)
Após audiência de custódia, realizada no sábado (22), a Justiça do Distrito Federal manteve a prisão preventiva de Iraci Bezerra dos Santos Cruz, 43 anos, acusada de matar a enteada Rafaela Marinho Souza, de 7 anos, na Cidade Estrutural. A mulher confessou o crime e pode ser condenada a até 40 anos de prisão. Iraci foi transferida para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, onde aguardará julgamento.
O caso foi classificado como feminicídio com incidência da Lei Henry Borel, que aumenta a punição para crimes cometidos contra menores de 14 anos. A investigação também apontou agravantes como meio cruel, motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e a relação de madrasta, fatores que ampliam a pena prevista.
Os policiais também descobriram que Iraci era foragida da Justiça do Pará, onde responde por outro homicídio cometido contra o ex-marido. A existência de antecedentes e a gravidade do caso pesaram na decisão judicial que manteve a prisão preventiva.
Menina morava com o pai e a madrasta para estudar
Rafaela morava com o pai e a madrasta na Estrutural para facilitar o acesso à escola. A família materna vive em Valparaíso de Goiás, e a menina costumava passar os fins de semana com a mãe e os irmãos.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira. Horas depois, Iraci foi até a 8ª Delegacia de Polícia e se entregou espontaneamente. Ao iniciar o depoimento, disse que agora pagaria pelo que fez.
Ela contou que havia passado a noite anterior consumindo drogas e álcool com o namorado até o início da manhã. Por volta das 7h, o pai de Rafaela saiu para trabalhar, deixando a criança sozinha com a madrasta.
Confissão detalha sequência de violência
Iraci relatou que discutiu com a menina após ouvir que ela preferia morar com uma vizinha. Ela contou que primeiro tentou dopar a menina usando um pano com álcool no nariz dela. Depois, usou um cinto para enforcá-la e deixou o corpo pendurado em uma pilastra dentro da residência. Em seguida, trocou de roupa e caminhou até a delegacia, onde confessou o crime.
A morte de Rafaela provocou grande revolta na comunidade da Estrutural. Moradores chegaram a tentar invadir a casa da família quando souberam da notícia.
fonte mais goias













