Crea conclui sabatinas com pré-candidatos a prefeito de Goiânia
O Conselho Regional de Engenharia de Goiás (CREA-GO) realizou durante todo o mês de junho, rodadas de sabatinas com pré-candidatos a Prefeitura de Goiânia, buscando as principais propostas de cada postulante especialmente nas áreas de drenagem urbana, aterro sanitário, resíduos de construção, calçadas acessíveis, prédios abandonados, vistorias a prédios públicos e privados, além da mobilidade urbana.
A última rodada aconteceu na última sexta-feira (28), quando o prefeito Rogério Cruz (SD), Fred Rodrigues (DC) e Sandro Mabel (União Brasil), foram sabatinados. “As eleições são uma página em branco para que nós, cidadãos, possamos decidir como queremos pintá-la. Por isso, decidimos pautar temas que são relevantes para a Engenharia e para o bem comum da sociedade”, declara o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira.
Com exceção do professor Pantaleão (UB) e delegado Humberto Teófilo (DC), que entraram na disputa ao longo da última semana, todos os sete pré-candidatos foram sabatinados. “Nosso objetivo é contribuir com os planos de governo que ainda estão em fase de elaboração”, destaca Moreira.
Alguns compromissos foram realizados junto aos conselheiros. A maioria delas, foi justamente voltado para um problema histórico em Goiânia: a coleta de lixo, alvo de crítica da maioria dos pré-candidatos, inclusive, do próprio prefeito Rogério Cruz, que indicou alguns caminhos para resolução do problema. “É importante salientar que é um processo que não é da noite para o dia”, frisou.
Veja abaixo alguns dos principais compromissos feitos pelos pré-candidatos na série de sabatinas do CREA-GO:
Adriana Accorsi: Faço o compromisso de, se eleita, sempre respeitar a nomeação de profissionais com conhecimento técnico em cargos técnicos, principalmente da Seplanh. Temos uma Companhia que por décadas cuidou da limpeza, mas que apresenta problemas que precisam ser enfrentados com combate, pulso e combate à corrupção. É preciso muita seriedade para a coisa caminhar. É preciso diálogo, paciência, respeito político e corpo técnico. Sobre drenagem urbana, nossa equipe tem se dedicado a conhecer experiências no mundo sobre cidades permeáveis e cidades-esponja, além de pesquisar a melhor forma para encontrar o equilíbrio para construir moradias populares.
Fred Rodrigues: O problema da Comurg é inércia, ineficácia e falta de gestão. Sou contra sucatear a empresa. A Comurg sempre teve alguns problemas, mas tem possibilidade de trabalhar. Goiânia não é um pesadelo administrativo. Obviamente não é uma cidade fácil de governar, mas não é um pesadelo administrativo. A nossa gestão de tráfego está presa nos anos 90. Mas foi só um exemplo que eu usei. Acredito que boa parte da nossa gestão está presa nos anos 90. Estaremos abertos a todo tipo de tecnologia e resolver esses problemas pontuais. Sobre a administração do município, longe de mim saber tudo, por isso nós vamos acabar com as indicações políticas e queremos técnicos em cargos de gestão.
Leonardo Rizzo: Acho que deveríamos ter no mínimo de 8 a 12 aterros na região Metropolitana. E essa é a solução. A gente parar de levar lixo para o lixão que temos hoje, levar para o aterro sanitário, onde ele deve ser tratado, gerando riqueza. Porque o lixo bem tratado é luxo, ele é muito rico. Goiânia teve muitos prefeitos que fizeram muito por Goiânia, mas que não fizeram drenagem nenhuma porque a drenagem não é vista. Essa é uma preocupação que eu tenho. Nós precisamos realizar obras de drenagem na Capital. Nossa gestão terá três pilares: tecnologia, desburocratização e cidadão. Eu sou do Novo e nós administramos com meritocracia. Por isso, se eleito, meus secretários vão ser nomeados por meritocracia, por currículo e por conhecimento técnico.
Matheus Ribeiro: Construir uma política pública que possa oferecer moradia de qualidade para todos, fomentando a construção civil, é prioridade da minha pré-candidatura. Sobre o aterro sanitário, analisar uma solução que envolva parceria público-privada é um debate que precisa envolver os cidadãos, assim como a educação ambiental da população. Sobre drenagem urbana, é triste saber que uma cidade com 90 anos ainda não tenha um Plano de Drenagem Urbana, espero que seja realizado e amenize o problema. Planejar Goiânia a partir do olhar de especialistas e técnicos é uma das bandeiras da nossa gestão.
Rogério Cruz: A coleta de lixo e resíduos. Se alguém me perguntar, se está normalizada? Não está. Ela está se normalizando. E, é normal em um momento de transição, que isso aconteça. Esse processo que está acontecendo agora, de transição está findando, tanto que a empresa já pegou mais um posto da Comurg para poder ampliar o seu serviço. Em relação ao aterro sanitário, estamos numa boa conversa com o Ministério Público. Então, nós estamos nesse processo de transferência para o particular. É importante salientar que é um processo que não é da noite para o dia. Sobre a nossa gestão técnica, nós temos o programa de estágio para Engenharia e acreditamos que a tecnologia agrega em qualquer situação e dentro de qualquer espaço o trabalho do ser humano.
Sandro Mabel: Lixo na cidade é uma vergonha. Mostra a falta de gestão. Goiânia não tem só problemas com o lixo, mas com sujeira em toda a cidade. Se eleito, nos primeiros cem dias de gestão nós vamos fazer uma limpeza caprichada. A Comurg é um problema sério, se formos eleitos, nós vamos colocar um bom gestor para administrar. São ações emergenciais que precisamos tomar e vamos deixar a cidade limpa. Sobre as calçadas acessíveis precisamos de técnicos para pensar juntos. As soluções que a gente vai procurar para melhor administrar Goiânia conta com profissionais técnicos, para fazer planos, termos de referência e uma série de coisas que nós vamos precisar da ajuda de especialistas.
Vanderlan Cardoso: Na nossa gestão queremos buscar parcerias. Tem coisas que dá para o executivo conduzir e tem coisa que não tem jeito. Em relação ao lixo, nós vamos resolver a questão do aterro que está irregular e precisamos diminuir a produção de lixo, para isso, investir em reciclagem. Com a reciclagem vai menos lixo para o aterro. Lixo é dinheiro não um problema. Sobre a drenagem urbana, está no nosso plano de governo, desde 2016, também em 2020, encarar o problema da drenagem de frente. Eu não sou técnico, nós precisamos dos profissionais técnicos que nos deem sugestões para resolver esse problema.
fonte mais goias