“Enfrentamos todo um sistema”, diz Vanderlan sobre derrota de Bolsonaro

(Foto: Kevin Lucas)
Senador por Goiás , Vanderlan Cardoso (PSD) não fará “oposição por oposição”. Em entrevista ao Mais Goiás , o congressista deixou que convicções seguirão firme e que suas votações favoreçam ao novo governo (de Lula, PT) se como propostas para o benefício da população. Ainda na conversa, ele criticou o fechamento de rodovias – as manifestações – e classificou a eleição presidencial como “muito conturbada”. O político destacou que caberá a quem ganhou a eleição a missão de unificar o País. “E a nós a missão de fiscalizar o novo governo.”
Confira a entrevista com Vanderlan Cardoso na íntegra:
Como será sua posição em relação ao presidente Lula, no ano que vem?
Sou muito firme em minhas convicções, independente de quem no Governo. Caso contrário, defenda a resistência. Ele (L) precisa ter comigo para testar, aumentar as taxas de emissão, a emissão de drogas do aborto, ou qualquer base de comparação não. Agora, o que for apresentado em benefício à população terá meu voto.
Fará uma oposição ferrenha?
Eu não faço oposição por oposição, defendo meus valores, que são os mesmos valores da família brasileira, que é cristão em sua grande maioria. Defenda menos interferência do Estado na economia e na propriedade privada, defenda a redução dos impostos, independência e respeito entre os Poderes, defenda as medidas que gerem emprego e renda para a população. Se o novo governador atentar contra esses princípios, vai encontrar em mim um forte opositor.
Pretende abrir o diálogo? Será uma relação republicana?
O diálogo precisa, existir mas é importante lembrar que os Poderes são autônomos. Estou no Legislativo, o Senado é a Casa Legislativa das Leis que estão trabalhando no Congresso, por isso pretende continuar com autonomia e independência, com o foco no bem do Brasil e dos brasileiros. Embora o presidente Bolsonaro tenhamos nosso eleito, mais de 5 milhões de brasileiros ao nosso lado, o nosso defensor não vai defender um nosso direito à nossa propriedade, o nosso respeito vai ajudar a nosso direito à propriedade, o nosso respeito vai ajudar a nossa vida legislativa família, em todos os sentidos.
O que acha da não aceitação (do resultado pela parte do eleitorado) que muitos congressistas bolsonaristas foram no mesmo pleito?
Não há dúvidas de que essa foi uma eleição muito conturbada, do início ao fim. Nós não enfrentamos política apenas uma agremiação, mas todo um sistema. E mesmo assim faltou pouco para vencermos. Se você contabilizar os números do segundo turno por exemplo, vai perceber que todos Bolsonaro cresceu mais que o adversário em quase todas as regiões, mesmo com problemas nas inserções de propagandas de apoiadores, bloqueios de perfis de rádio, censura à Jovem Pan, e Tantas outras medidas questionáveis, agora, provocam a não fazer resultado do pleito. Cabe a quem ganhou a eleição a missão de unificar o País, e nós a missão de fiscalizar o novo governo. Agora, o direito de se manifestar está na Constituição, não se pode tirar isso da população.
Sei que é favorável a manifestações pacíficas, mas que posição defendida mesmo aos que seguem bloqueando as vias com oposição judicial decidindo?
Como disse, o direito de manifestar está na Constituição Federal e precisa ser justo. É um erro censurar a opinião e impedir manifestações populares, o Brasil é um País livre, um regime totalitarista. Agora, o bloqueio das rodovias precisa ser revisto. Isso não é benéfico para o País e, ao invés de agregar apoio, faz com que as manifestações constitucionais percam adesão, porque a economia e o direito de ir e vir, e isso vai contra os princípios que nós defendemos. O Governo do presidente Bolsonaro, do qual faço parte, defende a Constituição, a liberdade e a Nação como um todo. A população pode se manifestar nas praças, em frente aos quarteis, em frente aos ministérios, mas, bloqueios nas rodovias vão contra esses preceitos da liberdade de locomoção.
fonte mais goias