“Vilmar enterrou sua própria candidatura e tenta imputar a mim seu fracasso”, diz Gustavo Mendanha
Ex-prefeito diz que Vilmarzinho só tornou-se prefeito após escolha dele – Gustavo – e que Mariano traiu Caiado
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Gustavo Mendanha (Foto: Jackson Rodrigues/Especial para Mais Goiás)
Buscando se isentar de qualquer relação com a inviabilidade eleitoral do prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (UB), o seu antecessor no cargo, Gustavo Mendanha (MDB), destaca em entrevista ao Mais Goiás que não houve, de sua parte, qualquer tipo de sabotagem com relação a pré-candidatura do gestor e que a decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) em mudar o nome da base caiadista no município se deu exclusivamente porque Vilmarzinho não conseguiu se viabilizar. “Infelizmente, ele agora tenta imputar seu fracasso a mim”, revela.
As declarações de Gustavo Mendanha vêm na sequência de uma entrevista concedida por Vilmar ao portal Mais Goiás. Nela, Mariano afirma que tem apoio encaminhado ao deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL), principal adversário de Leandro Vilela na disputa à Cidade Administrativa, além de atribuir a Mendanha a pecha de “traidor” e principal responsável por sua inviabilidade eleitoral.
Nessa entrevista concedida ao Mais Goiás, Mendanha diz que foi Vilmar quem descumpriu o acordo feito com o governador Ronaldo Caiado e rebate o prefeito ao afirmar que é Vilmarzinho quem traiu o grupo que o tornou prefeito do município.
“Mostra que ele descumpre um compromisso feito com o governador, não foi comigo. Ele pediu tempo ao governador, aceitou condições para tentar viabilizar sua candidatura e não honra o compromisso com o governador. Infelizmente, há imaturidade. O Vilmar não seria prefeito se eu tivesse escolhido ele para ser vice-prefeito, foi uma escolha pessoal minha”, salientou Gustavo Mendanha.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista com o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB):
Apoio de Vilmar Mariano a professor Alcides
Mostra que ele descumpre um compromisso feito com o governador, não foi comigo. Ele pediu tempo ao governador, aceitou condições para tentar viabilizar sua candidatura e não honra o compromisso com o governador. Infelizmente, há imaturidade. O Vilmar não seria prefeito se eu tivesse escolhido ele para ser vice-prefeito, foi uma escolha pessoal minha. Faz parte da vida pública, eu compreendo e aliás, talvez o Vilmar tenha chegado nessa situação exatamente por esse perfil e isso tenha enterrado sua candidatura. Tentamos alertar e aconselhar para que ele não brigasse e buscasse harmonia entre os poderes. Ele não conseguiu e infelizmente ele agora tenta imputar o seu fracasso e eu fui o escolhido.
Relação com André Fortaleza foi divisor de águas para o rompimento
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No passado, essa mesma relação explosiva com o presidente da Câmara, André Fortaleza, que até tentava a todos custo se aproximar. Nosso relacionamento, inclusive, piorou consideravelmente, quando eu levei o André Fortaleza em um evento e o André disse que poderia caminhar com o mesmo candidato que eu apoiasse desde que houvesse espaço. Eu estou tranquilo com a minha responsabilidade com a cidade. Eu não poderia trair o meu eleitor em apoiar um gestor que não estava agradando mais a cidade.
Vilmar descontinuou legado de Gustavo e Maguito Vilela
Eu acho que em várias áreas houve descontinuidade de serviço. Poderia falar da saúde que embora esteja com o mesmo secretário, ele desempodera o Alessandro. Eu poderia falar da limpeza urbana que inevitavelmente deixou de fazer investimentos, para você ter uma ideia na minha época tínhamos mais de 40 tratores, mas eu não sei se isso já aumentou, o ex-secretário trabalhava apenas com 17 tratores. Dentro do Desenvolvimento Urbano, algo que machucava e quantas vezes eu falei a questão das rosas que dava um sentimento de pertencimento, as pessoas tiravam fotos, eu tinha prazer em receber embaixadores, senadores de outros estados. Eu tive o prazer de levar as pessoas para a sacada da Prefeitura e mostrar um jardim maravilhoso. Isso foi deixado de lado. Infelizmente, Aparecida deixou de ter o cuidado que nós tivemos, principalmente o Maguito e eu. Eu fico muito triste em ver práticas antigas da política sendo feitas agora, de perseguir e coagir. Eu fico triste de ver pessoas que serviram a cidade de Aparecida. Pessoas simples. Não tô falando de secretário não. Tô falando de gari, fotógrafo sendo mandado embora porque gosta de mim. Isso mostra o tamanho dele e a forma que ele vai fazer política a partir de agora e ele está no colo de quem deveria estar. É exatamente essa política que o outro candidato quer para a cidade com essas práticas antigas que nós lutamos muito para evitar. Vamos mostrar que Leandro tem a capacidade para tocar a gestão da forma como eu e Maguito conduzimos a cidade.
Afastamento de secretários que vão apoiar Leandro Vilela
Isso também mostra a incoerência do Vilmar que até pouco dia xingava o Alcides de traidor, dizia que ele deveria cumprir o mandato e agora decidiu apoiá-lo, sendo que ele tinha um candidato apto, num partido que estava junto com o Vilmar e ele não quis apoiar. São incoerências de fazer política com ódio e rancor. É lamentável, mas daqui dois dias vamos passar uma borracha e falar só sobre as propostas que o Leandro tem a apresentar para a cidade.
‘Vilmar não seria prefeito se eu não tivesse o escolhido’
Ele não seria prefeito senão fosse Deus que deu essa oportunidade. Mas em um segundo momento fui eu. Ele passou pela mesma escola que eu passei e até ocupou cargos parecidos, eu imaginava que ele seria um bom prefeito. A grande traição que eu faria em continuar com o Vilmar era com o eleitor que não estava satisfeito. Eu tô apresentando alguém que conheço, sei da capacidade dele e que ele via trabalhar muito pela cidade, fazendo uma política de alto nível e uma gestão que fará as pessoas lembrarem do Maguito e do nosso tempo.
Gustavo Mendanha tem o “DNA da Traição”?
Quem conhece a minha história sabe a forma como eu trabalho. Você não viu, nem eu, nem o Daniel hora nenhuma ter esse tipo de reação. Você nunca me viu tecer esse tipo de comentário. Infelizmente, o Vilmar não conseguiu se portar como prefeito e ser efetivamente candidato à reeleição. É tipico dele dizer esse tipo de coisa [que Gustavo tem o “DNA da Traição”], foi sanguíneo, fala sem pensar. Ele já fez isso várias vezes, não só comigo. Já maltratou servidores públicos, pessoas próximas que trabalhavam no gabinete dele. Ele precisa, até pela idade que tem, fazer uma reavaliação da sua vida e tentar viver de uma forma melhor, porque fará bem para ele. Esse ódio que ele tá carregando no coração vai fazer mal a ele. Eu tô tranquilo, não tenho raiva. Torço para que ele tenha sucesso mas vou torcer mais ainda para que o Leandro seja eleito prefeito e a gente possa devolver a dignidade ao cidadão aparecidense.
Perda de apoio partidário: PDT saiu da base e declarou apoio a Alcides. PSD coloca dúvidas.
São situações diferentes. Eu defendo o MDB estar com o PSD, fazendo dobradinha em Canedo e que o PSD dê essa devolutiva. Acredito que isso deve acontecer, mas senão acontecer, paciência, vamos respeitar a direção do partido e o governador. Assim como o partido saiu daqui, a gente tem partidos que saíram de lá e vieram para cá.
fonte mais goias