TSE restitui presidência do PHS a antigos dirigentes
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restituiu, nesta quinta-feira (27), a presidência aos antigos dirigentes do Partido Humanista e Solidariedade (PHS). Eduardo Machado volta à presidência nacional, enquanto Felipe Cortes é o presidente regional, em Goiás.
A decisão é da ministra Rosa Weber. Na última segunda-feira (24), uma liminar do desembargador Fausto Moreira Diniz, do Tribunal de Justiça de Goias (TJ-GO), já havia decidido pela restituição da comissão executiva do PHS. Agora, a Justiça Eleitoral apenas acatou a decisão.
Machado e Cortes devem cumprir os mandatos até novembro deste ano. O imbróglio do PHS se arrasta desde janeiro, quando foi organizada uma Assembleia Extraordinária do Conselho Gestor Nacional que trocou as presidências. A assembleia teria sido realizada em 24 de janeiro deste ano. O TJ-GO afirma que existe a possibilidade de falsificação de assinaturas e de informações inverídicas na ata.
Segundo a liminar, haveria a “demonstração de ocorrência de irregularidade no procedimento de convocação da Assembleia Extraordinária do Conselho Gestor Nacional que, a princípio não trouxe o tema da troca de cargos da Diretoria Executiva Nacional entre os itens a serem deliberados”.
O desembargador ainda completa: “Não posso deixar de destacar a perícia colacionada aos autos que, apesar de ser documento produzido unilateralmente, demonstra, a princípio, que a assinatura aposta na ata não seria verídica”.
Coligações e alianças
Felipe Cortes afirma que o prejuízo aos candidatos a deputado federal e estadual pelo partido foram grandes, devido às mudanças nas alianças para o pleito de 2018. Na gestão de Cortes, o apoio foi dado a Ronaldo Caiado (DEM) mas, com Murilo Oliveira, o partido se aliou ao Movimento Democrático Brasileiro (DEM), de Daniel Vilela.
Segundo Cortes, as alterações interferiram no tempo de televisão. Agora, o PHS volta a apoiar a coligação A Mudança é Agora, do Democratas. Contudo, oficialmente, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, a aliança é mantida na Coligação Novas Ideias, Novo Goiás.
“No início do ano, o partido já tinha dado liberdade aos candidatos para apoiarem os majoritários que quisessem. Com a volta para a direção, não vamos perseguir nenhum candidato”, afirma Cortes.
Ele ainda explica que “apenas os candidatos que tiveram envolvimento com a falsificação da ata é que sofrerão penalidades partidárias e vão responder, ainda, na Justiça”. E completa: “os eleitores ficaram confusos com tudo isso. Agora é momento de reconstrução”.
Ao Mais Goiás, Murilo Oliveira havia afirmado, anteriormente, que não havia nenhuma publicação oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o assunto e, por isso, a organização do partido se mantém a mesma. Até o fechamento da matéria, a redação não conseguiu retomar contato com ele e com a assessoria de imprensa.Também não foi possível localizar Marcelo Aro e Eduardo Machado. Caso haja interesse dos três em se manifestar, o espaço está garantido nesta publicação.
Fonte Mais Goiás