‘Sempre tive medo de ir para o Serasa’, diz Michelle Bolsonaro ao minimizar escândalo das joias
Em evento do PL Mulher em Recife, no último sábado, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tentou minimizar o escândalo das joias, pelas quais são investigados ela e o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A uma plateia lotada, ela disse que paga as próprias contas corretamente e “sempre teve medo do Serasa”, em referência a ter o nome sujo por conta de dívidas.
A Polícia Federal aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos pelo ex-presidente como representante do Estado brasileiro. Michelle é investigada por envolvimento no caso das joias e chegou a ser citada por Mauro Cid, em mensagem, como responsável pelo ‘”sumiço” de uns dos relógios: “Já sumiu um, que foi com a dona Michelle”, disse o ex-ajudante de ordens.
— Senhor, me ensina a ser obediente. Eu sei que estou apanhando igual gente grande. Sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o Serasa. Aí falaram que eu era laranja do Queiroz, porque a gente emprestou um dinheiro para ele — discursou Michelle.
Em seguida, ela comentou sobre a provocação que vem recebendo de críticos pelas redes sociais e até em ambientes públicos por conta das joias. Em 11 de agosto, a ex-primeira-dama reagiu a uma mulher em um restaurante em Brasília que lhe perguntou sobre o paradeiro das joias sauditas. Seu maquiador e amigo Agustin Fernandez jogou um copo de gelo na mulher que os filmava
— Aí falam “cadê as joias?”. Eu queria mesmo essas joias para mim. Tudo bem que essas joias não são do meu estilo, mas a gente poderia leiloá-las. Todo mês eu tiro e mando para uma instituição (social) 10% do meu salário. E pode quebrar meu sigilo, por mais que o Alexandre de Moraes coloque lá “esse mês foi tanto para tal instituição, foi tanto para outra instituição” — discursou.
No mesmo evento, ela ironizou as suspeitas de que funcionários da Presidência não teriam seguido as obrigações legais em relação aos presentes recebidos por autoridades da Arábia Saudita. De acordo com Michelle, o fuzuê em cima das denúncias tem o intuito de desviar o foco da CPI do 8 de janeiro, atualmente em curso no Congresso Nacional.
— Não é por poder não. Ficam falando “Como assim não entregarem joias? Porque querem joias?” desviando o foco da CPI. (…) Tem um povo tão atrapalhado que fica assim “cadê as joias?” estão na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto e falaram tanto de joias que, em breve, teremos lançamento: Mijoias pra vocês. Vou fazer uma limonada docinha desse limão.
fonte mais goias