Não é justo que quem não contribui com o sindicato se beneficie do resultado, diz ministro
Presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado lembra que manter a organização tem custos e que todos usufruem das vitórias
(Foto: Agência Brasil)
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho falou sobre as discussões acerca do retorno da contribuição sindical. Segundo ele, “não é justo que os não-associados participem do resultado e não deem nenhuma contribuição”. A taxa seria vinculada a acordos de reajuste salarial entre patrões e empregados que tenham intermediação sindical, segundo o governo divulgou ainda em agosto.
A fala de Marinho foi dada nesta segunda-feira (9), durante participação na Comissão de Direitos Humanos no Senado. Segundo ele, a contribuição visa compensar injustiças entre entidades representativas e trabalhadores. O ministro argumentou, ainda, que entidades fracas não conseguem representar os trabalhadores.
“No Brasil, um acordo fechado vale para trabalhadores associados e não-associados. Não é justo que os não-associados participem do resultado e não deem nenhuma contribuição”, assinalou e comparou a situação de um condomímio: “O síndico vem e diz que precisa fazer uma melhoria e reúne a assembleia. A assembleia aprova ou não aprova o investimento. Se aprovar, tem rateio. ‘Ah, mas eu não quero, não vou pagar, sou contra’ [diz um morador]. Ele pode não pagar? Não pode.”
Em Goiás
Cláudio Curado, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás (Sindjor), defende a contribuição. “Concordamos com a posição do ministro, pois é injusto que quem não contribui para a vitória usufrua dela. O sindicato tem custos por meio de assessoria jurídica, transporte, negociação”, citou.
De acordo com ele, não é correto o filiado, que contribui, ter acesso ao benefício e quem não dá nada também ser beneficiado. “No ano que vem, quando for fazer a assembleia para discutir a questão salarial, chamará, como em todos anos, a categoria e essa questão da contribuição também será colocada. Quem não participa não poderá questionar a decisão de assembleia, que é soberana.”
fonte mais goias