Marconi Perillo é acusado de receber propina em barras de ouro e advogado nega
A promotora Villis Marra Gomes encaminhou ao Ministério Público Federal (MPF) uma denúncia anônima a qual aponta que o ex-governador do Estado, Marconi Perillo, recebia uma propina mensal de aproximadamente R$ 500 mil em barras de ouro da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo a denúncia, a entrega do montante era feita na fazenda do político em Pirenópolis.
Além de encaminhar a denúncia ao MPF, a promotora direcionou a investigação ao O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O advogado de Perillo, Luís Alexandre Rassi, negou. Ele alega que o denunciante sequer relacionou corretamente a ordem dos presidentes da Saneago. “São só absurdos, informações fora de lógica. É impossível acharem essas tais barras de ouro na casa de Marconi. Toda essa denúncia é uma inverdade”.
Segundo o denunciante anônimo, 21 pessoas enriqueceram com dinheiro da propina. Um dos citado é Robson Salazar, ex-diretor da Saneago. Ele foi uma das cinco pessoas presas na Operação Decantação 2, na última semana. No documento consta que a residência de luxo que o diretor mora, no Condomínio Aldeia do Vale, é “incompatível com seus rendimentos”.
O advogado de Perillo disse ter conversado com Villis Marra e afirmou que a promotora não fez juízo de valor, sequer analisou os fatos, apenas encaminhou a denúncia. “Eu li a peça dela. É um conjunto de maluquices tudo que o denunciante narrou. Segundo ele, um funcionário da Saneago teria um apartamento de R$ 250 milhões de dólares nos Estados Unidos e estaria envolvido em propina de R$ 50 mil. É tudo fantasioso e sem lógica”, diz.
Salazar foi solto no dia 29 de março. Segundo o advogado do ex-governador, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou as investigações a cerca de Marconi.
Saneago
Por meio de nota, a Saneago informou que vai “solicitar ao Ministério Público de Goiás, o acesso aos autos para que possa ter conhecimento do teor do processo e, só então, poderá se pronunciar a respeito”.
O Mais Goiás entrou em contato com o MP-GO, que confirmou o encaminhamento da denúncia ao Gaeco, mas o grupo não comentará sobre o caso. A assessoria do MPF também informou que não vai se pronunciar sobre. O espaço está aberto no portal para a manifestação de qualquer um dos envolvidos.
Fonte Mais Goias