Quem é rei nunca perde a majestade

Na política, como na vida, o tempo separa os passageiros dos que deixam marca. José Roberto Arruda é desse segundo grupo. Independentemente das circunstâncias, dos embates ou das mudanças no cenário político, Arruda segue sendo um nome central em Brasília. E a máxima popular define bem esse momento: quem é rei nunca perde a majestade.
Arruda volta ao centro do tabuleiro político do Distrito Federal não por acaso, mas por história, experiência e capacidade de articulação. Foi governador, conhece profundamente a estrutura administrativa do DF e, acima de tudo, entende Brasília como poucos. Em um cenário cada vez mais carente de liderança com preparo técnico e visão estratégica, seu nome ressurge naturalmente como referência de comando e decisão.
A filiação ao PSD foi um movimento calculado, inteligente e simbólico. Não se trata apenas de trocar de partido, mas de se posicionar em uma legenda forte, organizada, com presença nacional e capacidade real de construção de alianças. O PSD oferece a Arruda a musculatura política necessária para liderar um projeto competitivo em 2026, ao mesmo tempo em que Arruda fortalece o partido no Distrito Federal. É uma via de mão dupla — e um acerto claro.
Enquanto isso, o governo Ibaneis caminha para o fim do seu ciclo. Apesar de avanços pontuais, há um sentimento crescente de desgaste, especialmente na percepção da população sobre serviços públicos, mobilidade, saúde e sensibilidade social do governo. Como todo ciclo político, o atual se aproxima do encerramento, abrindo espaço para uma nova liderança que reúna experiência, pulso firme e capacidade de diálogo.
O cenário de Brasília para 2026 aponta para uma disputa onde nomes improvisados terão dificuldade de se sustentar. A população demonstra cansaço com promessas vazias e apostas no desconhecido. Nesse contexto, Arruda surge como o candidato que transmite segurança, previsibilidade administrativa e conhecimento real do DF. Ele não precisa se apresentar — sua trajetória fala por si.
Arruda não reaparece como uma aposta, mas como uma certeza política. Ele conhece os caminhos, os atalhos e os desafios de governar a capital do país. E é justamente por isso que seu nome cresce, ganha corpo e se consolida como favorito.
Na política, reis podem até se afastar do trono por um tempo, mas a majestade — essa — permanece. E Brasília sabe reconhecer quem já governou, quem sabe governar e quem pode, mais uma vez, liderar um novo ciclo.
Porque, no fim das contas, quem é rei nunca perde a majestade.
por Josias Fernandes










